Governador assina acordo com empresa que vai investir R$ 120 milhões no Tocantins
Projeto piloto vai restaurar área equivalente a 17 mil campos de futebol
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, assinou nesse sábado, 25, em Villars-sur-Ollon, na Suíça, o Protocolo de Negociação para Restauração Florestal. O documento prevê a criação de uma entidade para a restauração de áreas degradadas no Tocantins, a Tocantins Restaura. A primeira área a ser restaurada deverá ter até 12 mil hectares e proporcionará, além de benefícios ambientais, o envolvimento direto das comunidades. O investimento inicial estimado para a ação está orçado em R$ 120 milhões.
O lançamento da Tocantins Restaura foi formalizado por meio de parceria da Tocantins Parcerias (Topar) com o Silvania – veículo de investimento em natureza de US$ 500 milhões apoiado pela Mercuria Energy Trading – e a Geonoma, que será responsável pela execução das operações táticas nas áreas de preservação e trabalhará sob orientação do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), responsável por todas as unidades de conservação do estado do Tocantins. Este anúncio ocorre após o lançamento da Race to Belém, iniciativa do Silvania junto com The Nature Conservancy e Conservation International, para acelerar o financiamento do setor privado para florestas brasileiras, com foco inicial no Tocantins. O Silvania trabalhará para garantir que as ações da SPE e da Race to Belém estejam alinhadas e se apoiem mutuamente.
As operações terão início em um mês após a assinatura do protocolo. Seu propósito será executar atividades de restauração ambiental em áreas degradadas de interesse do Tocantins por meio de investimentos realizados pelo Silvania, utilizando, gerindo e implementando ações de forma direta ou indireta em nível regional.
O projeto envolverá comunidades locais para aproveitar seus conhecimentos acumulados sobre as especificidades regionais e para combater incêndios e o desmatamento. Além disso, a iniciativa gerará emprego e renda por meio de capacitação ambiental, promoção do ecoturismo e práticas ambientalmente sustentáveis.
O objetivo é melhorar a regulação climática com a absorção de gases de efeito estufa da atmosfera e a manutenção das florestas em pé, além de restaurar a regulação hídrica de rios e afluentes que dependem da proteção de nascentes e margens, proteção do solo e combate à erosão, proporcionando oportunidades para pesquisa e desenvolvimento de atividades de bioeconomia.